Minha filosofia;
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa) - 14/2/1933
sábado, 7 de fevereiro de 2009
O Fator Deus
O Fator Deus
Autor: José Saramago
Fonte: Folha de São Paulo, 19/09/2001
Autor: José Saramago
Fonte: Folha de São Paulo, 19/09/2001
Algures na Índia. Uma fila de peças de artilharia em posição. Atado à boca de cada uma delas há
um homem. No primeiro plano da fotografia um oficial britânico ergue a espada e vai dar ordem de fogo.
Não dispomos de imagens do efeito dos disparos, mas até a mais obtusa das imaginações poderá “ver”
cabeças e troncos dispersos pelo campo de tiro, restos sanguinolentos, vísceras, membros amputados. Os
homens eram rebeldes. Algures em Angola. Dois soldados portugueses levantam pelos braços um negro
que talvez não esteja morto, outro soldado empunha um machete e prepara-se para lhe separar a cabeça
do corpo. Esta é a primeira fotografia. Na segunda, desta vez há uma segunda fotografia, a cabeça já foi
cortada, está espetada num pau, e os soldados riem. O negro era um guerrilheiro. Algures em Israel.
Enquanto alguns soldados israelitas imobilizam um palestino, outro militar parte-lhe à martelada os ossos
da mão direita. O palestino tinha atirado pedras. Estados Unidos da América do Norte, cidade de Nova
York. Dois aviões comerciais norte-americanos, seqüestrados por terroristas relacionados com o
integrismo islâmico lançam-se contra as torres do World Trade Center e deitam-nas abaixo. Pelo mesmo
processo um terceiro avião causa danos enormes no edifício do Pentágono, sede do poder bélico dos
States. Os mortos, soterrados nos escombros, reduzidos a migalhas, volatilizados, contam-se por
milhares.
As fotografias da Índia, de Angola e de Israel atiram-nos com o horror à cara, as vítimas são-nos
mostradas no próprio instante da tortura, da agônica expectativa, da morte ignóbil. Em Nova York tudo
pareceu irreal ao princípio, episódio repetido e sem novidade de mais uma catástrofe cinematográfica,
realmente empolgante pelo grau de ilusão conseguido pelo engenheiro de efeitos especiais, mais limpo de
estertores, de jorros de sangue, de carnes esmagadas, de ossos triturados, de merda. O horror, agachado
como um animal imundo, esperou que saíssemos da estupefação para nos saltar à garganta. O horror
disse pela primeira vez “aqui estou” quando aquelas pessoas saltaram para o vazio como se tivessem
acabado de escolher uma morte que fosse sua. Agora o horror aparecerá a cada instante ao remover-se
uma pedra, um pedaço de parede, uma chapa de alumínio retorcida, e será uma cabeça irreconhecível,
um braço, uma perna, um abdômen desfeito, um tórax espalmado. Mas até mesmo isto é repetitivo e
monótono, de certo modo já conhecido pelas imagens que nos chegaram daquele Ruanda-de-um-milhãode-
mortos, daquele Vietnã cozido a napalme, daquelas execuções em estádios cheios de gente, daqueles
linchamentos e espancamentos daqueles soldados iraquianos sepultados vivos debaixo de toneladas de
areia, daquelas bombas atômicas que arrasaram e calcinaram Hiroshima e Nagasaki, daqueles
crematórios nazistas a vomitar cinzas, daqueles caminhões a despejar cadáveres como se de lixo se
tratasse. De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das
piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais
absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das
civilizações, tem mandado matar em nome de Deus. Já foi dito que as religiões, todas elas, sem exceção,
nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser
causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que
constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana. Ao menos em sinal de
respeito pela vida, devíamos ter a coragem de proclamar em todas as circunstâncias esta verdade
evidente e demonstrável, mas a maioria dos crentes de qualquer religião não só fingem ignorá-lo, como
se levantam iracundos e intolerantes contra aqueles para quem Deus não é mais que um nome, o nome
que, por medo de morrer, lhe pusemos um dia e que viria a travar-nos o passo para uma humanização
real. Em troca prometeram-nos paraísos e ameaçaram-nos com infernos, tão falsos uns como os outros,
insultos descarados a uma inteligência e a um sentido comum que tanto trabalho nos deram a criar. Disse
Nietzsche que tudo seria permitido se Deus não existisse, e eu respondo que precisamente por causa e
em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o pior, principalmente o mais
horrendo e cruel. Durante séculos a Inquisição foi, ela também, como hoje os talebanes, uma organização
terrorista que se dedicou a interpretar perversamente textos sagrados que deveriam merecer o respeito
de quem neles dizia crer, um monstruoso conúbio pactuado entre a religião e o Estado contra a liberdade
de consciência e contra o mais humano dos direitos: o direito a dizer não, o direito à heresia, o direito a
escolher outra coisa, que isso só a palavra heresia significa.
E, contudo, Deus está inocente. Inocente como algo que não existe, que não existiu nem existirá
nunca, inocente de haver criado um universo inteiro para colocar nele seres capazes de cometer os
maiores crimes para logo virem justificar-se dizendo que são celebrações do seu poder e da sua glória,
enquanto os mortos se vão acumulando, estes das torres gêmeas de Nova York, e todos os outros que,
em nome de um Deus tornado assassino pela vontade e pela ação dos homens, cobriram e teimam em
cobrir de terror e sangue as páginas da história. Os deuses, acho eu, só existem no cérebro humano,
prosperam ou definham dentro do mesmo universo que os inventou, mas o “fator deus”, esse, está
presente na vida como se efetivamente fosse o dono e o senhor dela. Não é um Deus, mas o “fator Deus”
o que se exibe nas notas de dólar e se mostra nos cartazes que pedem para a América (a dos Estados
Unidos, e não a outra...) a bênção divina. E foi no “fator Deus” em que o Deus islâmico se transformou,
que atirou contra as torres do World Trade Center os aviões da revolta contra os desprezos e da vingança
contra as humilhações. Dir-se-á que um Deus andou a semear ventos e que outro Deus responde agora
com tempestades. É possível, é mesmo certo. Mas não foram eles, pobres Deuses sem culpa, foi o “fator
Deus”, esse que é terrivelmente igual em todos os seres humanos onde quer que estejam e seja qual for
a religião que professem, esse que tem intoxicado o pensamento e aberto as portas às intolerâncias mais
sórdidas, esse que não respeita senão aquilo em que manda crer, esse que depois de presumir ter feito
da besta um homem acabou por fazer do homem uma besta.
Ao leitor crente (de qualquer crença...) que tenha conseguido suportar a repugnância que estas
palavras provavelmente lhe inspiraram, não peço que se passe ao ateísmo de quem as escreveu.
Simplesmente lhe rogo que compreenda, pelo sentimento de não poder ser pela razão, que, se há Deus,
há só um Deus, e que, na sua relação com ele, o que menos importa é o nome que lhe ensinaram a dar. E
que desconfie do “fator Deus”. Não faltam ao espírito humano inimigos, mas esse é um dos mais
pertinazes e corrosivos. Como ficou demonstrado e desgraçadamente continuará a demonstrar-se.
um homem. No primeiro plano da fotografia um oficial britânico ergue a espada e vai dar ordem de fogo.
Não dispomos de imagens do efeito dos disparos, mas até a mais obtusa das imaginações poderá “ver”
cabeças e troncos dispersos pelo campo de tiro, restos sanguinolentos, vísceras, membros amputados. Os
homens eram rebeldes. Algures em Angola. Dois soldados portugueses levantam pelos braços um negro
que talvez não esteja morto, outro soldado empunha um machete e prepara-se para lhe separar a cabeça
do corpo. Esta é a primeira fotografia. Na segunda, desta vez há uma segunda fotografia, a cabeça já foi
cortada, está espetada num pau, e os soldados riem. O negro era um guerrilheiro. Algures em Israel.
Enquanto alguns soldados israelitas imobilizam um palestino, outro militar parte-lhe à martelada os ossos
da mão direita. O palestino tinha atirado pedras. Estados Unidos da América do Norte, cidade de Nova
York. Dois aviões comerciais norte-americanos, seqüestrados por terroristas relacionados com o
integrismo islâmico lançam-se contra as torres do World Trade Center e deitam-nas abaixo. Pelo mesmo
processo um terceiro avião causa danos enormes no edifício do Pentágono, sede do poder bélico dos
States. Os mortos, soterrados nos escombros, reduzidos a migalhas, volatilizados, contam-se por
milhares.
As fotografias da Índia, de Angola e de Israel atiram-nos com o horror à cara, as vítimas são-nos
mostradas no próprio instante da tortura, da agônica expectativa, da morte ignóbil. Em Nova York tudo
pareceu irreal ao princípio, episódio repetido e sem novidade de mais uma catástrofe cinematográfica,
realmente empolgante pelo grau de ilusão conseguido pelo engenheiro de efeitos especiais, mais limpo de
estertores, de jorros de sangue, de carnes esmagadas, de ossos triturados, de merda. O horror, agachado
como um animal imundo, esperou que saíssemos da estupefação para nos saltar à garganta. O horror
disse pela primeira vez “aqui estou” quando aquelas pessoas saltaram para o vazio como se tivessem
acabado de escolher uma morte que fosse sua. Agora o horror aparecerá a cada instante ao remover-se
uma pedra, um pedaço de parede, uma chapa de alumínio retorcida, e será uma cabeça irreconhecível,
um braço, uma perna, um abdômen desfeito, um tórax espalmado. Mas até mesmo isto é repetitivo e
monótono, de certo modo já conhecido pelas imagens que nos chegaram daquele Ruanda-de-um-milhãode-
mortos, daquele Vietnã cozido a napalme, daquelas execuções em estádios cheios de gente, daqueles
linchamentos e espancamentos daqueles soldados iraquianos sepultados vivos debaixo de toneladas de
areia, daquelas bombas atômicas que arrasaram e calcinaram Hiroshima e Nagasaki, daqueles
crematórios nazistas a vomitar cinzas, daqueles caminhões a despejar cadáveres como se de lixo se
tratasse. De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das
piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais
absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das
civilizações, tem mandado matar em nome de Deus. Já foi dito que as religiões, todas elas, sem exceção,
nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser
causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que
constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana. Ao menos em sinal de
respeito pela vida, devíamos ter a coragem de proclamar em todas as circunstâncias esta verdade
evidente e demonstrável, mas a maioria dos crentes de qualquer religião não só fingem ignorá-lo, como
se levantam iracundos e intolerantes contra aqueles para quem Deus não é mais que um nome, o nome
que, por medo de morrer, lhe pusemos um dia e que viria a travar-nos o passo para uma humanização
real. Em troca prometeram-nos paraísos e ameaçaram-nos com infernos, tão falsos uns como os outros,
insultos descarados a uma inteligência e a um sentido comum que tanto trabalho nos deram a criar. Disse
Nietzsche que tudo seria permitido se Deus não existisse, e eu respondo que precisamente por causa e
em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o pior, principalmente o mais
horrendo e cruel. Durante séculos a Inquisição foi, ela também, como hoje os talebanes, uma organização
terrorista que se dedicou a interpretar perversamente textos sagrados que deveriam merecer o respeito
de quem neles dizia crer, um monstruoso conúbio pactuado entre a religião e o Estado contra a liberdade
de consciência e contra o mais humano dos direitos: o direito a dizer não, o direito à heresia, o direito a
escolher outra coisa, que isso só a palavra heresia significa.
E, contudo, Deus está inocente. Inocente como algo que não existe, que não existiu nem existirá
nunca, inocente de haver criado um universo inteiro para colocar nele seres capazes de cometer os
maiores crimes para logo virem justificar-se dizendo que são celebrações do seu poder e da sua glória,
enquanto os mortos se vão acumulando, estes das torres gêmeas de Nova York, e todos os outros que,
em nome de um Deus tornado assassino pela vontade e pela ação dos homens, cobriram e teimam em
cobrir de terror e sangue as páginas da história. Os deuses, acho eu, só existem no cérebro humano,
prosperam ou definham dentro do mesmo universo que os inventou, mas o “fator deus”, esse, está
presente na vida como se efetivamente fosse o dono e o senhor dela. Não é um Deus, mas o “fator Deus”
o que se exibe nas notas de dólar e se mostra nos cartazes que pedem para a América (a dos Estados
Unidos, e não a outra...) a bênção divina. E foi no “fator Deus” em que o Deus islâmico se transformou,
que atirou contra as torres do World Trade Center os aviões da revolta contra os desprezos e da vingança
contra as humilhações. Dir-se-á que um Deus andou a semear ventos e que outro Deus responde agora
com tempestades. É possível, é mesmo certo. Mas não foram eles, pobres Deuses sem culpa, foi o “fator
Deus”, esse que é terrivelmente igual em todos os seres humanos onde quer que estejam e seja qual for
a religião que professem, esse que tem intoxicado o pensamento e aberto as portas às intolerâncias mais
sórdidas, esse que não respeita senão aquilo em que manda crer, esse que depois de presumir ter feito
da besta um homem acabou por fazer do homem uma besta.
Ao leitor crente (de qualquer crença...) que tenha conseguido suportar a repugnância que estas
palavras provavelmente lhe inspiraram, não peço que se passe ao ateísmo de quem as escreveu.
Simplesmente lhe rogo que compreenda, pelo sentimento de não poder ser pela razão, que, se há Deus,
há só um Deus, e que, na sua relação com ele, o que menos importa é o nome que lhe ensinaram a dar. E
que desconfie do “fator Deus”. Não faltam ao espírito humano inimigos, mas esse é um dos mais
pertinazes e corrosivos. Como ficou demonstrado e desgraçadamente continuará a demonstrar-se.
Qual o seu tipo psicológico?
Faça o teste psicológico de Jung. Há 12 personalidades possíveis. É só se cadastrar, logar e fazer o teste (é comprido, mais de 60 perguntas, mas vale à pena). No final, sai uma ficha com a descrição do teu perfil. O meu é: INTJ aqui é o link pra fazer o teste: http://www.inspiira.org/
Descrevendo o meu tipo psicológico.
Eu fj, vivo num mundo de idéias e de planejamento estratégico. Valorizo inteligência, conhecimento, competência, estabelecendo altíssimos padrões para mim mesma e continuamente me esforço para atingi-los. Apesar de a um nível de certa forma mais baixo, tenho expectativas similares quanto aos outros.
Com a intuição introvertida dominando minha personalidade, foco minha energia em observar o mundo e em gerar idéias e possibilidades. Assim, minha mente constantemente absorve informações e faz associações com elas. Sou uma pessoa tremendamente pensativa e compreendo novas idéias com muita rapidez. Porém, meu interesse primário não está simplesmente em compreender um conceito, mas em aplicá-lo de uma forma prática, chegando a conclusões sobre esses conceitos. A necessidade por fechamento e organização me move a agir de alguma forma.
Por valorizar sistemas e organização tremendamente, sou uma pessoa naturalmente pensadora. Contudo, não é fácil para mim conseguir expressar as visões, pensamentos e abstrações internas, pois estes se encontram numa forma interna altamente individualizada, não sendo assim diretamente traduzíveis numa maneira que outros possam compreender. Porém,geralmente sou levada a traduzir minhas idéias na forma de um plano ou de um sistema que seja fácil de explicar, ao invés de através de uma tradução direta dos meus pensamentos para as pessoas. É difícil eu ver valor numa transação conversacional direta, e também tenho dificuldade em expressar minhas idéias, que não são lineares. Entretanto, meu extremo respeito por conhecimento e inteligência me motivam a explicar-me para pessoas que eu achar merecedoras desse esforço.
Sou uma líder natural, embora geralmente prefira ficar “por trás da cortina” até que enxergue uma necessidade real de liderar a situação. Quando me encontro numa posição de liderança sou muito eficaz, pois sou capaz de enxergar objetivamente a realidade da situação e ser adaptável o suficiente para mudar as coisas que não estejam funcionando bem. Sou uma suprema estrategista: constantemente avaliando idéias e conceitos disponíveis e comparando-os à sua estratégia atual, para que já tenha um plano pronto para qualquer eventualidade imaginável.
Gasto muito do seu tempo dentro dos seus próprios pensamentos, e posso me interessar pouco pelo que outras pessoas pensam ou sentem. A menos que desenvolva meu lado sentimental, posso acabar tendo dificuldade em oferecer intimidade às pessoas num nível de que elas necessitam. Igualmente, se também não desenvolver meu lado mais prático posso acabar tendo uma tendência a ignorar detalhes que sejam necessários à implantação de minhas idéias.
Meu interesse em lidar com o mundo está em tomar decisões, em expressar raciocínios e conclusões, e em incluir tudo que encontro dentro de um sistema compreensível e racional. Conseqüentemente, expresso essas conclusões e julgamentos com rapidez. Tenho uma intuição altamente desenvolvida e freqüentemente me sinto convencida de que estou certa sobre as coisas. Porém, a menos que complemente minha visão intuitiva com uma capacidade de expressar as idéias, posso acabar sendo mal compreendida com freqüência. Em casos em que há esse problema de compreensão, tendo a culpar a limitação das outras pessoas ao invés da minha própria dificuldade em me expressar. Esta tendência pode fazer com que eu dispense as idéias dos outros com muita rapidez, tornando-me em geral arrogante e elitista.
Eu sou uma pessoa ambiciosa, autoconfiante, planejada, e de raciocínio de longo prazo. Muitas pessoas como eu, optam por carreiras de engenharia ou de natureza científica, apesar de que algumas encontram desafios suficientes no mundo dos negócios, dentro de áreas relacionadas a organização e a planejamento estratégico da empresa. Não gosto de bagunça e de ineficiência, assim como de qualquer coisa ambígua ou incerta. Assim, prezo por transparência e eficiência, invisto uma quantidade enorme de tempo e energia em consolidar minhas idéias em padrões estruturados.
Outras pessoas podem ter dificuldades em me compreender, achando que sou uma pessoa distante e reservada. Na verdade eu realmente não demonstro muito afeto, e não costumo oferecer às pessoas elogios ou críticas positivas o suficiente – ou pelo menos na quantidade que essas pessoas necessitam ou desejam. Isso não significa que eu não tenha um afeto real ou que não me importe com as outras pessoas, mas que simplesmente não sinto a necessidade de expressar essas coisas. Outras pessoas podem erroneamente achar que sou uma pessoa inflexível e que não tenha uma cabeça aberta para idéias diferentes das suas. Nada poderia estar mais longe da verdade, pois comprometo-me a sempre encontrar, de uma forma objetiva, a melhor estratégia para implantar as idéias. Assim, estando sempre aberta a ouvir sobre uma maneira diferente de fazer as coisas.
Quando sob um bocado de estresse, posso me tornar obsessiva com atividades repetitivas sem sentido, como por exemplo, me preocupar por ter bebido líquido demais. Também posso tender a me focar em detalhes que não são tão importantes para meu objetivo maior.
Preciso lembrar de tentar me expressar o suficiente para evitar que as pessoas tenham dificuldades em me compreender. Na ausência de um desenvolvimento correto da minha capacidade de comunicação, posso me tornar “curta e grossa” para com as pessoas, e, por fim, isolacionista.
Tenho uma capacidade tremenda de fazer grandes conquistas. Com minha capacidade de raciocínio, capto compreensões (insights) dentro de uma visão geral das coisas, e sou motivada a sintetizar meus conceitos na forma de sólidos planos de ação. É provável que eu seja uma pessoa altamente competente, e que não terei problema algum em atingir suas metas educacionais e profissionais, tendo a capacidade de fazer grandes “saltos” nessas áreas. Num nível pessoal, se praticar tolerância e me esforçar para comunicar minhas idéias aos outros de uma maneira eficaz, terei em suas mãos tudo o que preciso para viver uma vida rica e gratificante.
Descrevendo o meu tipo psicológico.
Eu fj, vivo num mundo de idéias e de planejamento estratégico. Valorizo inteligência, conhecimento, competência, estabelecendo altíssimos padrões para mim mesma e continuamente me esforço para atingi-los. Apesar de a um nível de certa forma mais baixo, tenho expectativas similares quanto aos outros.
Com a intuição introvertida dominando minha personalidade, foco minha energia em observar o mundo e em gerar idéias e possibilidades. Assim, minha mente constantemente absorve informações e faz associações com elas. Sou uma pessoa tremendamente pensativa e compreendo novas idéias com muita rapidez. Porém, meu interesse primário não está simplesmente em compreender um conceito, mas em aplicá-lo de uma forma prática, chegando a conclusões sobre esses conceitos. A necessidade por fechamento e organização me move a agir de alguma forma.
Por valorizar sistemas e organização tremendamente, sou uma pessoa naturalmente pensadora. Contudo, não é fácil para mim conseguir expressar as visões, pensamentos e abstrações internas, pois estes se encontram numa forma interna altamente individualizada, não sendo assim diretamente traduzíveis numa maneira que outros possam compreender. Porém,geralmente sou levada a traduzir minhas idéias na forma de um plano ou de um sistema que seja fácil de explicar, ao invés de através de uma tradução direta dos meus pensamentos para as pessoas. É difícil eu ver valor numa transação conversacional direta, e também tenho dificuldade em expressar minhas idéias, que não são lineares. Entretanto, meu extremo respeito por conhecimento e inteligência me motivam a explicar-me para pessoas que eu achar merecedoras desse esforço.
Sou uma líder natural, embora geralmente prefira ficar “por trás da cortina” até que enxergue uma necessidade real de liderar a situação. Quando me encontro numa posição de liderança sou muito eficaz, pois sou capaz de enxergar objetivamente a realidade da situação e ser adaptável o suficiente para mudar as coisas que não estejam funcionando bem. Sou uma suprema estrategista: constantemente avaliando idéias e conceitos disponíveis e comparando-os à sua estratégia atual, para que já tenha um plano pronto para qualquer eventualidade imaginável.
Gasto muito do seu tempo dentro dos seus próprios pensamentos, e posso me interessar pouco pelo que outras pessoas pensam ou sentem. A menos que desenvolva meu lado sentimental, posso acabar tendo dificuldade em oferecer intimidade às pessoas num nível de que elas necessitam. Igualmente, se também não desenvolver meu lado mais prático posso acabar tendo uma tendência a ignorar detalhes que sejam necessários à implantação de minhas idéias.
Meu interesse em lidar com o mundo está em tomar decisões, em expressar raciocínios e conclusões, e em incluir tudo que encontro dentro de um sistema compreensível e racional. Conseqüentemente, expresso essas conclusões e julgamentos com rapidez. Tenho uma intuição altamente desenvolvida e freqüentemente me sinto convencida de que estou certa sobre as coisas. Porém, a menos que complemente minha visão intuitiva com uma capacidade de expressar as idéias, posso acabar sendo mal compreendida com freqüência. Em casos em que há esse problema de compreensão, tendo a culpar a limitação das outras pessoas ao invés da minha própria dificuldade em me expressar. Esta tendência pode fazer com que eu dispense as idéias dos outros com muita rapidez, tornando-me em geral arrogante e elitista.
Eu sou uma pessoa ambiciosa, autoconfiante, planejada, e de raciocínio de longo prazo. Muitas pessoas como eu, optam por carreiras de engenharia ou de natureza científica, apesar de que algumas encontram desafios suficientes no mundo dos negócios, dentro de áreas relacionadas a organização e a planejamento estratégico da empresa. Não gosto de bagunça e de ineficiência, assim como de qualquer coisa ambígua ou incerta. Assim, prezo por transparência e eficiência, invisto uma quantidade enorme de tempo e energia em consolidar minhas idéias em padrões estruturados.
Outras pessoas podem ter dificuldades em me compreender, achando que sou uma pessoa distante e reservada. Na verdade eu realmente não demonstro muito afeto, e não costumo oferecer às pessoas elogios ou críticas positivas o suficiente – ou pelo menos na quantidade que essas pessoas necessitam ou desejam. Isso não significa que eu não tenha um afeto real ou que não me importe com as outras pessoas, mas que simplesmente não sinto a necessidade de expressar essas coisas. Outras pessoas podem erroneamente achar que sou uma pessoa inflexível e que não tenha uma cabeça aberta para idéias diferentes das suas. Nada poderia estar mais longe da verdade, pois comprometo-me a sempre encontrar, de uma forma objetiva, a melhor estratégia para implantar as idéias. Assim, estando sempre aberta a ouvir sobre uma maneira diferente de fazer as coisas.
Quando sob um bocado de estresse, posso me tornar obsessiva com atividades repetitivas sem sentido, como por exemplo, me preocupar por ter bebido líquido demais. Também posso tender a me focar em detalhes que não são tão importantes para meu objetivo maior.
Preciso lembrar de tentar me expressar o suficiente para evitar que as pessoas tenham dificuldades em me compreender. Na ausência de um desenvolvimento correto da minha capacidade de comunicação, posso me tornar “curta e grossa” para com as pessoas, e, por fim, isolacionista.
Tenho uma capacidade tremenda de fazer grandes conquistas. Com minha capacidade de raciocínio, capto compreensões (insights) dentro de uma visão geral das coisas, e sou motivada a sintetizar meus conceitos na forma de sólidos planos de ação. É provável que eu seja uma pessoa altamente competente, e que não terei problema algum em atingir suas metas educacionais e profissionais, tendo a capacidade de fazer grandes “saltos” nessas áreas. Num nível pessoal, se praticar tolerância e me esforçar para comunicar minhas idéias aos outros de uma maneira eficaz, terei em suas mãos tudo o que preciso para viver uma vida rica e gratificante.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
RECEITAS - CULINÁRIA VIVA
Suco de Sol (Clorofila)
Bater no liquidificador a água de um coco, sua polpa branca, um maço de salsinha e algumas folhas de hortelã. Servir imediatamente e degustar. Clorofila é a luz do sol líquida!
Pão Solar
Deixar de molho, por oito horas, meio quilo de sementes de trigo. Lavar e deixar repousando por dois ou três dias, sempre umedecendo para que brotem. Levar os brotos ao sol até que estejam completamente secos. Com um moedor de grãos ou liquidificador potente, transformá-los em farinha. Tempere a farinha como desejar (com sal marinho ou de rocha, ervas, etc) e acrescente água aos poucos, sovando a massa até que esta obtenha a consistência desejada. Molde o pão, corte as fatias e leve-as ao sol quente para que sejam assadas, virando as fatias quando necessário.
Torta de Nozes e Frutas Douradas
Massa crocante: No processador de alimentos (lâmina "S"), transforme em pasta meio copo de figos desidratados préviamente deixados de molho por duas horas. Reserve. No mesmo processador, transforme em farinha um copo de nozes. Em uma tigela, misture ambos com as mãos até obter uma massa firme. Monte a massa em uma forma de torta.
Recheio: No processador, transforme em pasta meio copo de damascos desidratados deixados de molho e uma colher de chá de cardamomo em pó. Recheie a massa com esta pasta, fatias finas de manga madura e polpa de maracujá (com as sementes).
Mousse de Chocolate Natural
Em um processador de alimentos (com lâmina "S"), bata dois pequenos abacates do tipo "avocado" ou um do tipo "manteiga" com três colheres de sopa cheias de mel orgânico não-aquecido. Acrescente cacau em pó não-torrado ou alfarrôba em pó à gosto e bata mais um pouco. Sirva a mousse em pequenas taças ou cobrindo pedaços de frutas.
'Puro, Branco e Mortal'
AÇÚCAR BRANCO
Até cerca de 300 anos atrás, a humanidade não usava aditivos doces na sua dieta ordinária.
Os povos antigos, civilizações passadas, brilhantes exércitos não conheciam o famoso aditivo doce. O mel era usado eventualmente, mais como remédio. Este processo histórico prova que o açúcar branco é desnecessário como alimento. Foi só a partir dos dois últimos séculos que o açúcar começou a ser produzido e consumido de forma cada vez mais intensa. Com a sofisticação da técnica, purificou-se mais ainda o açúcar de cana retirando-se dele apenas a sacarose branca. Hoje somos uma civilização, consumidora de milhares de toneladas diárias de açúcar. O açúcar branco é o resultado de um processamento químico que retira da garapa a sacarose branca e adiciona produtos químicos – desconhecidos em sua maioria –, sendo que aditivos como clarificantes, antiumectantes, precipitadores e conservantes pertencem a grupos químicos sintéticos muitas vezes cancerígenos e sempre danosos à saúde. Devemos considera-lo como um produto quimicamente ativo, pois, sendo o resultado de uma síntese química e um produto concentrado. Quando são retiradas da garapa e do mascavo suas fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas etc., resta apenas o carboidrato, pobre, isolado, razão pela qual devemos considerar o açúcar como um produto químico e não um alimento. O corpo humano não necessita de açúcar branco. O que é realmente necessário é a glicose, ou seja, a menor partícula glicídica dos carboidratos. A glicose, por sua vez, é importante para o metabolismo, pois produz energia ao ser 'queimada'. Embora se diga que 'açúcar é energia', sabemos bem que a citação é apenas modesta, pois, na verdade, deveríamos dizer que 'açúcar é superabundância de energia química concentrada' e eis aí o problema: açúcar é sempre excesso de energia, além das necessidades reais, e este excesso tende a depositar-se, a exigir trabalho orgânico extra, a diminuir o tempo de vida, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa a 'estorvo' metabólico. Outro fato importante é que, ao consumir um produto extremamente concentrado, isolado, exigiremos do organismo uma complementação química. Por exemplo, vai exigir muito cálcio e magnésio do metabolismo e das reservas; ele 'rouba' os nossos depósitos de um modo diretamente proporcional a quantidade ingerida. Podemos dizer então que o açúcar é descalcificante, desmineralizante, desvitaminizante e empobrecedor metabólico. Açúcar não é 'alimento', mas um poderoso 'antinutriente', um grande ladrão. Razão pela qual Willian Dufty, em seu mais que consagrado livro sobre o açúcar, o 'Sugar Blues', considera-o como uma 'droga doce e viciante que dissolve os dentes e os ossos de toda uma civilização'. Seus efeitos nunca são imediatos, mas lentos, acumulativos, insidiosos, drenando a saúde aos poucos. O consumo da droga doce vem aumentando nos últimos anos. Se levarmos em conta que não necessitamos de açúcar, tudo o que se consome é excessivo, supérfluo, além do que o corpo precisa. Lembramos que 100 por cento dos carboidratos (farinhas, cereais, açúcar das frutas, etc.) transformam-se em glicose, 60 por cento das carnes ingeridas e até mesmo 15 por cento das gorduras e óleos também se convertem em glicose; é assim que normalmente mantemos as necessidades bioquímicas do corpo. Isso explica por que povos antigos não necessitavam de açúcar extra. Se julgarmos que açúcar é essencial, então devemos ter como certo que cada viking, mongol, huno, árabe, grego ou romano deveria consumir cerca de 300gr por dia de um açúcar que naquelas épocas absolutamente não existia. Os conhecimentos e conceitos científicos, principalmente em nutrição, têm sido manipulados, truncados e adulterados. Devemos entender que a alimentação comum, sem aditivos doces, contém quantidades suficientes de glicose que são armazenadas no fígado sob a forma de glicogênio; em situações de necessidade essas reservas de energia são mobilizadas e entram na circulação sanguínea. Hoje, ingerimos mais 'energia' do que precisamos. Paradoxalmente, quem come muito açúcar fica dependente organicamente do mesmo e tende a ter menos força. Grandes consumidores de açúcar geralmente são fracos, astênicos, que não podem fazer quase nada sem usar um pouco de doce. Aqui, num dos maiores produtores de açúcar do mundo, (Brasil) consomem-se cerca de 200 g por dia – por pessoa, o que é pouco comparado aos EUA: 400 g em média, por dia. É claro que somos obrigados a falar em termos de média de consumo, pois existem aqueles que não usam nada, até grandes viciados que usam perto de 1000 g diárias e até mais. Mas um povo como o nosso, usando 200 g diárias per capita consome cerca de seis quilos por mês, o que admite 72 quilos por ano, e tudo isso além das necessidades metabólicas, geralmente ingeridos por puro 'prazer', ou seja: docinhos, chocolates, sorvetes, tortas, pudins, sucos ultra-açúcarados etc. Isso nos leva a consumir quase uma tonelada do pó branco em cada dez anos de vida. Então um homem de 35 anos geralmente fez passar pelo seu sangue, até hoje, cerca de três toneladas de açúcar. Perguntamos se, sinceramente, as autoridades e os profissionais ligados à saúde acham que tal abuso não causa dano algum. Açúcar Branco Como Causa de Câncer e Doenças Modernas Sabemos bem que o açúcar é o principal representante da alimentação industrializada moderna. Temos consciência de que 85 por cento das doenças modernas são provocadas pela poluição alimentar e por uma nutrição desequilibrada. Por ser considerado então como um produto antibiológico, ou antivida', ele está diretamente ligado à causa ou à colaboração para o surgimento de várias doenças, como a arteriosclerose, o câncer, a leucemias, o diabetes, as varizes, as enxaquecas, as distonias neuro-vegetativas, insônia, asma, bronquite, distúrbios menstruais, infecções, pressão alta, prisão de ventre, diarréias crônicas, perturbações e doenças visuais, problemas de pele, distúrbios glandulares, anomalias digestivas variadas, cáries dentárias, problemas de crescimento, osteoporose, ossos fracos, doenças do colágeno, doenças de auto-agressão etc. Podemos considerar também o açúcar como cancerizante, pois é imunodepressor, quer dizer, faz diminuir a capacidade do organismo quanto às suas defesas e principalmente por eliminar o importante íon magnésio, devido à forma excessiva como é consumido hoje. A incidência do câncer de mama pode variar consideravelmente de um país para outro. Muito rara no Japão, por exemplo, a doença torna-se comum entre as japonesas que imigram para os Estados Unidos. Depois de estudar diversos fatores que explicassem o fenômeno, os cientistas Stephen Seely, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, e D. F. Horrobin, do Instituto e Pesquisa Efamol, de Kentville, no Canadá, concentram suas atenções num deles, a alimentação – e, em artigo publicado na última edição da revista inglesa New Scientist, levantaram a hipótese de que uma das causas do câncer de mama possa ser o açúcar. Seely e Horrobin compararam os índices de consumo per capita de açúcar e as taxas de mortalidade por câncer de mama em vinte dos países mais ricos do mundo. Revelou-se que as nações que mais comem açúcar são exatamente as que apresentam mais óbitos – por ordem decrescente, a Grã-Bretanha, a Holanda, a Irlanda, a Dinamarca e o Canadá. Os cientistas avançam uma explicação para as propriedades cancerígenas das sobremesas. Uma parte da glicose contida no açúcar – cerca de 30 por cento – vai direto para a corrente sanguínea. Para fazer face e esse súbito aumento da taxa de glicose no sangue, o pâncreas produz mais insulina, o hormônio encarregado de queimar açúcar. O tecido mamário depende desse hormônio para crescer. O mesmo acontece com as células do câncer de mama. Seely e Horrobin supõem que a inundação do seio pela insulina, em seguida à ingestão de açúcar, criaria assim as condições ideais para o surgimento do tumor. Açúcar Como Fator Principal da Hipoglicemia e Diabetes Um dos efeitos mais diretos dos excessos de consumo do açúcar é a hipoglicemia, ou seja, falta de açúcar no sangue. Hipoglicemia é um distúrbio que se manifesta sob variadas formas, determinando mais comumente langor, fraqueza, sensação de desmaio iminente, vertigens, tonturas, prostração, angústia, depressão, palpitação cardíaca, sudorese, sensação de irrealidade etc. A depressão provocada é variável, dependendo do indivíduo, podendo ser ausente ou fraca ou até mesmo extremamente forte, incapacitante. Sabemos que muitas pessoas são tratadas pela psiquiatria e até internadas por depressão, cuja única origem é hipoglicemia, ou falta de açúcar em demasia, e se pesquisarmos, grande parte desses pacientes usa muito açúcar. O mecanismo é muito simples: ao consumirmos açúcar em demasia, o organismo, através das células beta das ilhotas de Langherhans do pâncreas, produz muita insulina, que é o hormônio responsável pela 'queima' da glicose do sangue. Ora, quanto mais açúcar é consumido, mais insulina é produzida. Com o tempo, e com o consumo continuado, o pâncreas produz mais insulina do que o necessário, pois a sua liberação depende da avaliação da intensidade de estímulos gástricos e da dosagem de glicose proveniente do sistema porta e hepático. Um pouco mais de insulina determina queima a mais de glicose, gerando falta. O nosso organismo dispõe de um sistema de regulagem que mantém entre 70 e 110 mg de glicose em cada 100 ml de sangue. Mais insulina do que o normal vai produzir uma queda destes níveis, determinando hipoglicemia. O cérebro é o órgão mais diretamente afetado com isso, daí os mais freqüentes sintomas de depressão, tremores, agitação. O tratamento em caso de hipoglicemia é o primeiro uma boa avaliação e depois diminuição lenta do consumo de açúcar, paralelo a uma dieta bem apropriada. Quase é necessário acompanhamento médico abalizado. A evolução natural da hipoglicemia, embora muito variável, é o diabetes. Dependendo de uma série de fatores o pâncreas pode entrar em 'cansaço' após anos de produção excessiva de insulina; ele começa a produzir menos do que o necessário e como resultado começam a aumentar no sangue os níveis de açúcar, determinando uma hiperglicemia. Nesta situação os sintomas já são completamente diferentes da hipoglicemia. Aqui o paciente não sente nada, a não ser muita sede, muita vontade de urinar e talvez muita fome. O açúcar circulante começa a ser depositado e os problemas do diabetes vão surgindo. Parece-nos importante que antes de pesquisar um vírus como causa do diabetes, que se compreenda a importância do excesso de consumo de açúcar como gênese mais direta da doença, talvez devido ao enfraquecimento biológico-imunológico que permita a penetração de um vírus. A verdade é que as estatísticas e os estudos de médicos integralistas apontam que diabéticos comuns consumiram muito doce e que diabéticos insulino-dependentes tiveram parentes que o faziam ou eram já diabéticos. Dados oficiais já apontam hoje que perto de 30 por cento da população do 1° mundo é pré-diabética e hoje cresce o número de diabéticos no mundo. O Açúcar Branco é Apontado Como Principal Causa da Diminuição da Resistência às Infecções, Subnutrição e Morte no Terceiro Mundo Existe muita preocupação na diminuição da mortalidade infantil no Terceiro Mundo, onde impera a desnutrição, a diarréia, e as doenças carenciais. Porém não se tem prestado atenção à presença do açúcar como fator desmineralizante e desvitaminizante, usado em abundância na dieta das crianças nos países subdesenvolvidos. Vários estudos têm mostrado que a quantidade de proteínas na dieta desses povos é freqüentemente próxima daquela apontada pela FAQ como básica para o desenvolvimento e crescimento (0, 635 g por quilo de peso por dia além dos dois anos de idade). Então acredita-se que a causa dos problemas relacionados com essas crianças seria devido à má higiene, a agentes vetoriais de doenças, verminose, falta de saneamento básico, leite materno fraco etc. Estes são estudos mais modernos, pois até agora coloca-se que a falta de proteínas na alimentação é causa determinante. Califórnia, cientistas da Escola de Odontologia da Universidade de Loma Linda provaram que o poder bactericida dos leucócitos (capacidade das células de defesa destruírem bactérias) diminui muito quanto mais alta a taxa de açúcar no organismo. A célula de defesa de uma pessoa que não usa açúcar é capaz de destruir cerca de 14 bactérias invasoras, ao passo que se essa mesma pessoa ingerir 24 colherinhas rasas de açúcar branco o seu leucócito é capaz de destruir apenas uma bactéria. Existem muitos livros hoje publicados que apontam a ação negativa do açúcar. Num interessante trabalho dos Drs. Wilder e Kay, denominado 'Handbook of Nutrition' encontramos a seguinte citação: 'O açúcar não supre coisa alguma à nutrição, apenas calorias. As vitaminas oriundas de ouros alimentos são erosadas pelo açúcar para poder liberar calorias'. Apesar das inúmeras provas contra o açúcar como as apresentadas aqui, verificamos a continuidade de uma intensa propaganda aconselhando seu uso e, o que é pior, médicos mal-informados permitindo e incentivando o consumo do mesmo. Temos o exemplo do Dr. L. Rosenvold que, na pág. 22 do seu livro 'Nutrition for life', afirma o seguinte: O açúcar branco é um alimento quase ideal, barato, limpo, branco, portátil, imperecível, inadulterável, livre de germes, altamente nutritivo, completamente solúvel, totalmente digerível, não requer cozimento e não deixa resíduos. Seu único defeito é a sua perfeição. É tão puro que o homem não pode viver dele.' Hoje existem toneladas de livros escritos sobre nutrição; qualquer um julga-se capaz de publicar algo no gênero. O Dr. Rosenvold apontou apenas duas verdades na frase acima, que o açúcar é branco e portátil... O maior absurdo da sua citação é que o açúcar é altamente nutritivo'... Curioso é que o açúcar só tem glicose, sendo pobre em tudo o mais... O Que Usar? Não Precisamos de Açúcar? É necessário reaprender a sentir o sabor natural dos alimentos, sem acrescentar nada. Eventualmente poderemos usar mel ou açúcar natural de cana, o mascavo, em pequenas quantidades. Percebemos que assim teremos até mais energia do que o normal, apenas por ter evitado desgastes excessivos com ingestão de superabundância de energia química. Apenas os cereais integrais, as frutas, o legumes etc. têm a capacidade de fornecer aquilo de que necessitamos. No caso de desportistas e pessoas que produzem desgaste físico, uma certa quantidade de mel pode ser usada sem problemas. No caso de diabéticos e hipoglicêmicos, aconselhamos o acompanhamento médico para evitar problemas mais sérios, evitando inclusive orientadores naturistas e macrobióticos que não tenham conhecimentos e experiência em termos de bioquímica e fisiologia, fisiopatologia e clínica médica. Para pessoas que não têm grandes problemas mas querem parar de consumir açúcar, sugerimos uma eliminação lenta, gradativa, porém consciente, de doces, refrigerantes, sorvetes etc., até adotar uma dieta mais natural e equilibrada. Aproveitamos para alertar que muitos alimentos industrializados e manipulados possuem açúcar, muitos dos quais nem imaginaríamos, como: pão branco comum, pão integral de supermercados, macarrão em pacotes, enlatados, carnes condicionadas, biscoito e bolachas salgadas etc. Para aqueles que usam adoçantes artificiais, sacarina e ciclamatos, aconselhamos abolir o hábito imediatamente, pois representam produtos muito perigosos. Apesar da comprovação de que são substâncias cancerígenas, verbas astronômicas são gastas por laboratórios interessados em pesquisa do tipo: 'Ainda não conseguimos provar que adoçantes sintéticos não produzem câncer'. Em termos de história, relativamente recente, o homem aprendeu a obter açúcar bruto (mascavo e amarelo), e somente nas últimas décadas os países desenvolvidos começaram a produzir enormes quantidades (dez mil toneladas) de açúcar branco refinado, contendo 99,75 por cento de sacarose, tornando-o um reagente químico. Lado a lado com esta depuração houve um aumento no consumo de açúcar branco atingindo, nos países altamente desenvolvidos, 100/140 g diárias por pessoa. Tornou-se tão letal, que o nutricionista britânico Dr. A. Yudtkrin batizou seu livro sobre o problema de açúcar 'Puro, Branco e Mortal' enquanto o Dr. Hall, cientista canadense, intitulou seu capítulo sobre açúcar, 'O Vilão – Açúcar Refinado'. NATUROLOGISTA ORTOBIOMOLECULAR (CRT 42072). ROSIVALDO S. SANTOS (ABMC 391).SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA COMPLEMENTA
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